''Procure a sabedoria e aprenda a escrever os capítulos mais importantes de sua história nos momentos mais difíceis de sua vida.''

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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Resenha: Heavier Than Heaven


''Mais pesado que o céu'', foi esse titulo que chamou minha atenção quando vi esse livro pela primeira vez na Saraiva. Como boa fã de Nirvana, juntei os trocadinhos que tinha e comprei, ainda pelo titulo, uma vez que  não sou nem um pouco fã de biografias. Demorei um mês ou até mais para terminar de ler, principalmente porque fiquei meio neurótica com ele. Assumo que os primeiros capítulos me fizeram querer desistir de ler inúmeras vezes. Biografias... 
O autor passa boa parte do livro contando sobre a infância de Kurt, sobre sua cidade, a relação com sua família, e depois de muita força de vontade, cheguei na parte interessante. A parte em que eu fiquei neurótica, como citei anteriormente. Meu livro está lotado de marcações, de anotações e trechinhos das músicas. Fiz questão de pesquisar a maioria das bandas, cantores, músicas e afins citados no livro. E a cada música do nirvana que era composta, era horas em que eu passava ouvindo-as repetidamente, tentando encaixar aquilo que li naquilo que eu estava ouvindo. E me surpreendi na quantidade de detalhes que existe nas músicas. Juro que nunca mais vou ouvir nirvana da mesma forma! Desculpe a palavra, mas que cara do caralho! Até conheci de novo algumas músicas, e abro um parenteses para ''Love Buzz'', uma das primeiras músicas da banda, e que, por mais que eu já tivesse ouvido, hoje se tornou uma das minhas favoritas! 
Mas deixando meu momento de pesquisa de lado, com certeza esse foi o livro mais intenso e pesado que eu já li. Kurt era uma pessoa brilhante, assustadora em alguns momentos, porém, brilhante. Teve alguns trechos em que eu fiquei pasma no quão doido ele era, principalmente na sua pior época de uso das drogas. É fato que uma multidão esteve aos seus pés e ainda está até hoje. E porque um homem com tantos motivos para ser extremamente feliz e realizado não conseguia se sentir dessa forma? Quão injusto isso é? Quão injustas foram as circunstâncias que ele passou a ponto de querer (e conseguir) tirar sua própria vida? Senti vontade de estar naquela estufa naquele dia 5, de fazer de tudo para convencê-lo de que as coisas iriam ficar bem de alguma forma...Doeu ter que ler cada passo que ele deu até aquele lugar. Acho que essa foi a parte ''mais pesada que o céu'' do livro, confesso que não pude conter as lágrimas e perdi algumas horinhas de sono depois que terminei de ler, tentando digerir tudo aquilo. Os fantasmas de um homem incrível, que mesmo tendo vivido em uma realidade tão distante da minha, me deixa hoje, mais do que nunca, inspirada a enfrentar meus próprios medos e a seguir em frente não importa o que aconteça. 
Enfim, recomendo para todos aqueles que apreciam a banda, pois tem momentos realmente legais pra quem é fã. Apesar de ser uma biografia, e eu continuar odiando-as, o autor conseguiu transmitir cada pedacinho da alma de Kurt, faz com que você entre na cabeça dele e saiba exatamente o significado de suas letras (que confesso, já me deixaram com muitos ''???'') e entenda as circunstancias que o levaram à sua vida intensa e trágica. 
Juro que não iria pagar de fã-girl, mas não me contento. Quero terminar essa resenha desejando que, onde quer que você esteja, que você tenha encontrado sua paz, Kurt!

Lu.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Potterheads

Olá olá vocês! Férias chegando ao fim, estou desesperada pois esse ano faço Enem =( Mas ao mesmo tempo, não vejo a hora de voltar a rotina, pq eu não to fazendo nada de útil em casa! E isso é o assunto que vou falar hoje, estava eu com tédio quando passei pela minha estante de livros e vi meus dvds de HP, e me bateu aquela vontade de assistir. Então, fui assistir Harry Potter e as reliquias da morte parte 2, e fazia tanto tempo que eu não sentava pra ver HP, que nossa, foi como tomar um soco do meu emocional. Quando eu volto a ler os livros, ver os filmes, entrar no meu fco, é como se eu voltasse no tempo, e eu fico puta comigo mesma por ter me deixado afastar de tudo isso. As vezes eu esqueço do quanto essa saga me faz bem e me proporciona bons momentos.
Apesar de ter visto RDM2 milhões de vezes, cada vez que eu assisto é como se por um segundo eu percebesse que realmente já era, acabou. Acho que mesmo depois de 2 anos, minha ficha ainda não caiu. E nesses pequenos momentos de choque de realidade, eu desabo e não sei bem direito o que fazer ou pensar. Foram tantos anos do lado desse bruxinho, que eu realmente não sei quem eu seria hoje se eu não tivesse pegado Pedra filosofal, me trancado no quarto e lido lido lido... Lembro como se fosse ontem, eu parava um pouco de ler, olhava pela janela e era como se eu visse aquelas cenas acontecendo ali fora, e eu pensava ''Caramba, como pode um livro me prender tanto assim'', e quando eu terminei e descobri que o profº Quirell era quem estava tentando roubar a pedra, eu fui correndo mandar uma sms para minha mãe (que estava trabalhando e que já havia lido a saga, e que por sinal, foi quem me apresentou a ela), e eu mandava mil msgs inconformadas, como eu não desconfiei do Quirell?! E o meu ódio pelo Snape (mal sabia eu naquela época)...
E olhando pra trás agora, eu sou tão grata a mim mesma por ter dedicado aquele tempo para aquele livro. Eu não tinha como imaginar naquela época o quão especial ele se tornaria, o quão necessário para seguir em frente ele seria. Por que para muitos, são livros, pedaços de papel. Mas para mim, e tenho certeza que para muita gente, foi o refugio perfeito para quando o mundo real estivesse desabando. Era como fugir de casa sem sair do quarto. Um ato um pouco covarde? Talvez. Mas que eu achei naquele castelo um lar, eu achei. Igual eu li uma vez, ''Até Voldemort, que não era capaz de amar, encontrou em Hogwarts um lar.''
Acho que os anos vão passar, e eu vou mudar, minha vida vai mudar, e talvez eu não tenha mais tempo para ser fã, e talvez não seja mais tão simples ir para hogwarts quando as coisas apertarem. Mas de uma coisa eu tenho certeza, em algum lugar, mesmo que lá no fundo do meu coração, isso tudo vai estar sempre gravado. É clichê, mas realmente, eu tenho uma cicatriz em forma de raio dentro de mim. E de vez em quando é bom parar e lembrar disso, me faz tão bem, que eu acho que se um dia eu conhecer a J.K. Rowling, eu não vou conseguir agradecer o suficiente por ela ter entrado naquele trem e começado a escrever.

Lu.