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- Ei garota, por acaso você conhece as pessoas que moram nessa casa?-disse ele apontando para minha casa parcialmente carbonizada.
-Sim, eu moro ai. Você sabe se tinha alguém na casa durante o incêndio?- respondi.
O bombeiro ficou em silencio por alguns instantes, praticamente estava fazendo uma analise de cada umas das palavras que eu havia dito.Depois de alguns minutos ele me respondeu.
-Eu sinto muito, muito mesmo pela sua casa. Recebemos uma chamada da casa vizinha, quando chegamos aqui as chamas já haviam tomado conta de quase tudo.
Entramos na casa, e encontramos dois corpos carbonizados em baixo da mesa da cozinha. Achamos que a mulher estava na casa quando ela pegou fogo,e o homem entrou depois e acabou morrendo junto. – O bombeiro quase deixou escapar uma lagrima pelo canto dos olhos. Certamente ele havia tirado as mesmas conclusões que eu.
Agradeci com um breve aperto de mãos e sai andando.
-Menina! – chamou o Homem por trás de minhas costas – Há alguma coisa que eu possa fazer por você? Você tem algum parente próximo no qual voce possa passar a noite junto?Amanha de manha talvez alguém responsável por você deve assinar sua guarda e o laudo dos corpos.
Sem responder virei as costas e parti.
Eu tinha sim parentes próximos, minha avó paterna morava a algumas quadras dali, e eu também tinha alguns tios por perto.
Mas meu rumo era diferente.
Meus pais estavam mortos, eu não queria de jeito nenhum ir morar na casa de parentes, eu certamente não poderia me hospedar na casa da Anne.
Lagrimas começaram a descer pelo meu rosto.
Sentei na calçada e pensei. Eu tinha alguns trocados guardados na mochila e roupas que foram salvas. Se antes eu já tinha planos de fugir de casa, agora que eu já não tinha mais ela ficaria fácil.
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